quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jacaré surfa ondas gigantes no Cardoso

O último mês ficará para a história do big surf brasileiro em Santa Catarina. No dia 20 de outubro, um swell monstro foi registrado na praia do Cardoso, Farol de Santa Marta (SC).

Thiago Jacaré e André Paulista, atletas da Associação de Tow In de Jaguaruna (Atow-Inj), surfaram ondas históricas no pico. Alguns locais disseram que as condições lembraram muito o Cardosão cavernoso de 14 de novembro de 2004, quando as séries chegaram a 8 metros.

Quando fui convidado para fotografar a session, já imaginava que o bicho iria pegar. Cheguei ao pico e fiquei de queixo caído. O mar estava simplesmente gigante, como nunca havia presenciado na região. O swell era de Leste, com período variando entre 12 e 13 segundos. As ondas entraram com mais ou menos 5 metros.


Na parte da manhã, Jacaré e Paulista ainda arriscaram um surf na remada, mas passaram muito perrengue. Como não havia ninguém remando no pico, resolveram colocar o jet-ski e botar para baixo na morras.


“O swell de 2004 era grande, mas este que surfamos chegou perto. Além disso, as ondas estavam bem mais perfeitas e sem vento nenhum, uns dos maiores mares que a comunidade local já presenciou no pico. As séries eram tão grandes que eu não conseguia parar de pensar como não estaria a Laje da Jagua”, afirma Jacaré.

No finalzinho do dia chegamos a Jaguaruna e vimos a Laje da Jagua animal, facilmente um dos maiores dias já vistos da beira da praia. Imaginem, se as séries no Cardoso passavam dos 5 metros, imagina como não estaria a Laje neste dia?


Certamente, no mínimo com o dobro de tamanho. No dia seguinte a equipe da Atow-Inj ainda surfou a Laje, mas o mar já tinha perdido mais da metade do seu tamanho.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Jacaré curti outono na Laje da Jagua

Menos de um mês depois do encerramento do período de espera do Mormaii Tow In Laje da Jagua – In Memory of Zeca Scheffer, as ondas voltaram a bombar em Jaguaruna (SC).

Um grande swell de Leste, com bom período e pouco vento, entrou com tudo na Laje da Jagua e permaneceu durante dois dias.

A equipe da Atow-Inj (Associação de Tow In de Jaguaruna) monitorou os gráficos e desde cedo começou os preparativos, já que há muito tempo não entrava uma ressaca grande na região.

Mas o swell entrou 24 horas antes e infelizmente o maior dia na Laje não foi surfado. Nesta hora, Thiago Jacaré e André Paulista estavam na praia do Cardoso, Farol de Santa Marta (SC), surfando na remada.

Vendo que o mar crescia rapidamente, Jacaré e Paulista buscaram um jet-ski para treinar no Cardoso.

O colega de equipe Fabiano Tissot chegou em Jaguaruna e não acreditou no que havia perdido. Mas o que se pode fazer, a mãe natureza é sempre imprevisível.

Com um jet apenas, Jacaré e Paulista preferiram não arriscar uma investida de seis quilômetros em alto-mar, pois já diz o ditado: “Quem tem um jet não tem nenhum e que tem dois, tem um”. Referindo-se a uma possível quebra do equipamento.

No dia seguinte, uma quinta-feira (21/10) de manhã, a equipe da Atow-Inj se jogou pra Laje da Jagua na companhia do local Plínio Cruz e do fotógrafo Harelyson Almeida.

As ondas estavam boas e o oceano com uma cor verde esmeralda. O dia estava lindo, a água com temperatura de primavera, mas o swell muito inclinado de Leste não encaixou como deveria na pedra.

Uma parede volumosa se formou bem ao lado da bancada, fechando a onda na parte tubular e desnivelando-a ainda mais que o normal.

De qualquer forma foi um bom retorno à Laje, já que durante todo inverno nenhum swell com boas condições apareceu por aqui. A galera estava com saudades do pico.

Esperamos que a primavera seja mais generosa e mande muitas ondulações, assim como aconteceu no último outono, que fez ondas bombarem na região.
Confira acima as fotos de Harleyson Almeida. Para obter mais informações sobre o trabalho do fotógrafo, envie mensagem para harleyson22@hotmail.com.
Fotos: Thiago Jacaré na Jagua....Crédito Harleyson almeida 

Jacaré volta a Laje depois de quase perder a vida

Na última semana, mais um swell com pressão encostou na Laje da Jagua, Jaguaruna (SC). A session marcou a volta de Thiago Jacaré ao pico.

No começo do mês, Jacaré foi pego de surpresa por um degrau na onda e acabou vítima de um acidente sério na Laje. Ainda contundido, o surfista rebocou seus parceiros nas ondas.

“Sempre tive a certeza que a Laje era um lugar perigoso, mas existe o respeito e temos dar sequência no trabalho", afirma Jacaré, logo depois de se deparar novamente com a onda que quase tirou sua vida.

O local André Paulista estava no dia e também retornou à Laje. “Desde o acidente do Jacaré, não havíamos mais surfado na Laje. Foi meio sinistro, sabendo o que rolou da última vez que estivemos por lá", relata Paulista

Jaguaruna continua na expectativa da realização do Mormaii Tow in Laje da Jagua – In Memory of Zeca Scheffer, que segue com o período de espera aberto até o dia 31 de julho.

Confira acima a última sessão de surf na Laje registrada pelo fotógrafo Jaime Redivo Jr. Para obter mais informações sobre o trabalho do fotógrafo, acesse o site Super Barrels.

Jacaré encara big swell na Jagua

Na expectativa da realização do Mormaii Tow in Laje da Jagua – In Memory of Zeca Scheffer, a equipe da Atow-Inj (Associação de Tow-In de Jaguaruna) separou algumas imagens inéditas anteriores a abertura do período de espera do evento que aconteceu no último dia 1 de maio.

Este swell foi o mesmo que balançou o Brasil no início do outono em meio às chuvas que assolaram o Rio de Janeiro e boa parte da região Sudeste do país.

Na sessão participaram André Paulista, Thiago Jacaré, Plínio Cruz, Marcus Pettini e Fabiano Tissot. Os atletas encararam um swell de peso em pleno território brasileiro.



Confira acima as fotos de Harleyson Almeida. Para obter mais informações sobre o trabalho do fotógrafo, envie mensagem para harleyson22@hotmail.com.

Jacaré toma vaca sinistra na Laje

Na última semana, a equipe da Atow-inj monitorava a ondulação em Jaguaruna (SC) na expectativa de realizar o Mormaii Tow In Laje da Jagua - In Memory of Zeca Scheffer.

Swell confirmado. A ressaca estava mesmo prevista para o litoral Sul do Brasil. O problema era a previsão de vento Sul forte (45 km/h) sem parada durante a noite, com uma calmaria apenas para a manhã do dia esperado.

Segundo experiência da Atow-inj, essas condições anunciavam que a laje estaria balançada e com formação regular apenas. A direção do swell, vindo de Sul, também precisaria de mais tamanho e período para que as esquerdas correspondessem as expectativas de todos.

Para de aproveitar as ondas, os tow surfers da Jagua armaram uma barca para a laje. O surfista profissional Paulo Moura, que aparece na lista principal, apareceu com alguns amigos e aproveitou para também treinar um pouco para o evento.

O susto O local Thiago Jacaré foi vítima de um acidente sério. A onda desnivelou além do comum na esquerda e ele foi pego de surpresa pelo degrau, lançado na bancada e esmagado nas pedras.

Ele ficou preso no fundo, bateu as costelas e a cabeça. Por sorte usava capacete. Ao subir já desacordado, foi resgatado por Fabiano Tissot que o rebocava e Marcus Pettini que veio com mais um jet prestar socorro.

A volta até a beira da praia foi tensa. Jacaré não conseguia respirar e nem mexer o corpo. Os olhos vidrados anunciavam o estado crítico do big rider e quando ele apagou o susto foi grande.


O RCP foi aplicado em pleno sled pra reanimá-lo. Ele acordou na primeira gorfada, mas logo voltou a apagar, fato que se repetiu mais três ou quatro vezes, sendo que o trabalho de reanimação teve que ser repetido constantemente até a praia.

“Por um tempo achei que uma tragédia havia ocorrido. Respeitamos a laje ao máximo e procuramos estar preparados para essas situações”, explica Fabiano Tissot.

Jacaré foi levado diretamente ao hospital pela ambulância dos Bombeiros Voluntários de Jaguaruna, entidade que presta um ótimo serviço à comunidade e na qual trabalha seu amigo e dupla de tow in Plínio Cruz, que desta vez não estava presente.

Alguns exames foram feitos e ele permaneceu em observação, mas já se recupera bem. Surfista focado e frequentador da laje há sete anos, ele também é salva-vidas em Jaguaruna e conhece bem a força do mar, por isso o respeita e admira.

Thiago Jacaré mergulha na Laje da Jagua-SC

A Laje da Jagua é conhecida pelos moradores mais antigos de Jaguaruna (SC) como Parcel do Campo Bom ou Pedra do Campo Bom. Nesta formação rochosa submarina ocorreu o histórico naufrágio do navio Rio Pardo, durante a Revolução Farroupilha, em 1839.

O italiano Giuseppe Garibaldi era o capitão do barco que naufragou na Laje, levando à morte, por afogamento, de vários tripulantes. Garibaldi e alguns homens conseguiram se salvar e continuaram a invasão a Laguna pelo Cabo de Santa Marta.

No último final de semana (29 e 30/05), Netuno resolveu dar trégua e, com ondas de meio metro, a equipe da Atow-Inj (Associação de Tow-In de Jaguaruna) resolveu atacar de um jeito diferente a temida bancada da Laje.


Com apoio do experiente mergulhador e pescador local, Beto Cavalo, a equipe realizou um mergulho na rasa bancada e obteve um registro cinematográfico histórico para Jaguaruna. “Se já tínhamos respeito pelo pico antes, agora teremos ainda mais. Esta bancada é muito rasa e afiada”, declara o local Thaigo Jacaré.

Jaguaruna será palco de um dos maiores eventos de Tow In da  história do surf brasileiro, o Mormaii Tow In Laje da Jagua – In Memory of Zeca Scheffer, com período de espera aberto até 30 de julho e uma premiação de R$ 20 mil para a dupla vencedora.


Confira acima a galeria exclusiva registrada pelo fotógrafo Jaime Redivo Junior. Para obter mais informações sobre seu trabalho, acesse o site Super Barrels.

domingo, 27 de junho de 2010

Uma laje para exportação


Em todo o mundo, o fenômeno climático El Niño proporciona temporadas históricas para os surfistas e em Santa Catarina não poderia ser diferente, onde um pico especial atrai as lentes dos fotógrafos brasileiros, a Laje da Jagua, em Jaguaruna.


A onda ganhou já ganhou destaque em edição da revista Fluir com fotos do famoso swell que atingiu o Brasil no início do outono. Nessa data, enquanto o Rio de Janeiro estava inundado, surfistas apareciam na TV aberta fazendo tow in em plena Baía de Guanabara.

Em Jaguaruna não foi diferente e os tow surfers locais encararam mais uma investida na Laje. Na barca estavam Plínio Cruz, André Paulista, Thiago Jacaré, Marcus Pettini e Fabiano Tissot, registrados pelo fotógrafo Harleyson Almeida.

A sessão deu uma prévia do que está por vir no Mormaii Tow In Laje da Jagua – In Memory of Zeca Scheffer. O evento tem período de espera aberto até o próximo dia 30 de julho e reunirá alguns dos maiores nomes do esporte no país e no mundo.

Atletas como Rodrigo Resende, Carlos Burle, Sylvio Mancusi, Everaldo Pato, Jeff Clark e Garrett McNamara já confirmaram presença e estarão na disputa pelo prêmio de R$ 20 mil oferecidos ao primeiro lugar.

Surfista; Thiago Jacaré
Crédito: Jaime Redivo

Shipstern cabocla

Ainda não foi desta vez que o Mormaii Tow In – In Memory of Zeca Scheffer aconteceu na Laje da Jagua, Jaguaruna (SC). O evento conta com grandes nomes do surf nacional e internacional e a janela de espera vai até o próximo dia 30 de julho.

A equipe da Atow-Inj (Associação de Tow-In de Jaguaruna) monitorou os gráficos com precisão e decidiu não acionar a luz verde para realização do evento.

O swell da última semana, gerado por um ciclone extratropical, entrou com muita força, porém o vento Sudeste atrapalhou a formação das ondas. O período de espera abriu no último dia 1 de maio, portanto a Laje tem pelo menos mais dois meses para provar sua força e premiar a dupla campeã com a bolada de R$ 20 mil.

Grandes nomes já confirmaram presença como Carlos Burle, Everaldo Pato, Sylvio Mancusi, Romeu Bruno, Garrett Mcnamara, Kealii Mamala e Jeff Clark. A lista de alternates também dá um show à parte, com surfistas consagrados como: Kauli Seadi, Maya Gabeira, Bruno Santos e Marcelo Trekinho.

Mesmo assim, na última sexta feira (14/05), quando o vento finalmente deu uma trégua, os tow surfers da Jagua aproveitaram o que restou da grande ressaca. O cinegrafista Lucas Barnis estava na barca e registrou um pouco do que está por vir quando as ondas se alinharem com peso suficiente na pedra e receberem a visita dos maiores big riders do país.

Surfista: Thiago Jacaré
Crédito: Jaime Redivo

Jacaré e a vaca sinistra

O dia a dia de quem vive em funções de ondas grandes segue um certo ritmo: acordar, olhar o mar e verificar os gráficos da internet com a esperança de visualizar um bom swell se aproximando.
No Brasil, a entrada de grandes ondulações é bem menos frequente do que no Hawaii. Nosso período de ondas é mais constante entre os meses de abril e agosto, quando as temperaturas baixam.
Só a palavra “grande” já carrega um certo respeito, mas quando o assunto é “ondas grandes” a história é outra. Quando o surf acontece a 5,3 km da costa, em uma bancada de 1,5 metros de profundidade e com ondas que passam facilmente dos 4 metros de face, a situação fica bem delicada.
Com um lip grosso e pesado, que pode facilmente triturá-lo, você pensa duas vezes se realmente é isso que deseja enfrentar. Trata-se de colocar sua vida em risco a cada caída. Sabe-se que, para aqueles que gostam destes desafios, o preparo físico é algo essencial para um desempenho bom e seguro dentro da água.
A onda da Laje da Jagua, Jaguaruna (SC), é simplesmente o pior caldo do Brasil e já fez algumas vítimas em sua bancada. Em 2005, o big rider Luis Roberto Formiga tomou um caldo de 40 segundos em uma onda monstruosa. Na ocasião, ele relatou que foi uma das piores vacas de sua vida.
No mesmo ano, João Capilé levou outro e ficou duas ondas desaparecido debaixo da água. Em 2006, no “Mormaii Tow In Pro”, primeiro evento de tow in do país, Jorge Pacelli também relatou um caldo terrível na Laje, com mais de 30 segundos debaixo da água.
Este ano foi a vez de Thiago Jacaré ver a morte de perto. Jacaré já havia relatado algumas vacas apavorantes que tomou na Laje, mas, desta vez, ele teve sua pior experiência. O surfista, local do pico, ficou submerso por cerca de 35 segundos.
 “Lembro-me que olhei de cima e vi toda bancada para fora, quis acreditar no drop, mas eu estava muito atrasado na onda. Foi quando me deparei de cara com a bancada afiada", conta Jacaré.
"Nossa! Só quem já passou por isso pra dizer o que essa onda faz com você. Te joga pra bancada, rola pra um lado e pro outro, esmaga você nas pedras e depois lhe arremessa a uma profundidade que sai dos 1,5 metros para 20 metros muito rapidamente, é sinistro”, relata Jacaré.

O surfista logo foi resgatado por seu parceiro, Plínio Cruz, que geralmente o acompanha nas grandes sessões da Laje. Jacaré saiu tonto, vomitando água e sangue.
Os “Slab Crazys” (Loucos da Laje) treinam diariamente natação, surf, tow in, apneia e corrida, e ainda passam por este sufoco a cada sessão de tow in na Laje.
Agora, imagina um corajoso despreparado ou um surfista de final de semana, será que consegue sobreviver? Por vias das dúvidas é melhor não arriscar.

Surfista: Thiago Jacaré
Crédito: Jaime Redivo

Entrevista com Jacaré

O catarinense Thiago Jacaré é conhecido por suas sessões de big surf na Laje da Jagua, Jaguaruna (SC). Com 26 anos de idade e 13 de surf, ele é um especialista nesta onda, uma das maiores do Brasil.

A onda quebra a cerca de cinco quilômetros costa e foi desbravada em 2003 pelo big rider Zeca Scheffer. Thiago foi o último a rebocar Zeca em uma sessão de tow-in na Laje. Naquela mesma semana o "desbravador" do pico faleceu em um acidente de carro.

Apesar da morte de Zeca, o trabalho de propagação da Laje do Jagua pelo Brasil e pelo mundo continua. É levado à risca por Thiago Jacaré e pela Associação de Tow In de Jaguaruna (ATOW-INJ).

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Nesta entrevista, Jacaré relata sua vivência no big surf e conta como foi dividir o outside com Zeca Scheffer.

Como foi sua iniciação no surf?

Comecei a surfar com 13 anos, hoje tenho 26. Aprendi aqui mesmo em Jaguaruna. Moro de frente pra Laje. Desde pequeno era amarradão em ondas grandes e já gostava dessa adrenalina de surfar ondas maiores.

A Laje da Jagua sempre foi um objetivo, nós víamos a onda quebrar da beira da praia, mas nunca podíamos surfar, já que ela quebra a cinco quilômetros da costa.

Em 2003 conheci o Zeca Scheffer. Desbravador das ondas da Laje, ele veio a falecer em 2006, alguns meses depois do primeiro evento de tow-in do Brasil, aqui mesmo em Jaguaruna.

Tive o início com o Zeca, mas foi o João Capilé quem me envenenou com o tow-in. Desde então me dedico totalmente a este esporte maravilhoso. Se fosse contar toda história daria para escrever um livro!

E como foi sua primeira onda grande?

Sempre peguei ondas grandes no Farol de Santa Marta, Jaguaruna e Garopaba, mas minha primeira e grande onda na vida foi ali mesmo na Laje do Jagua. O mar tinha uns 6 metros de face e quem me rebocou naquela bomba foi o Zeca. Foi inesquecível, pois logo em seguida tomei a maior vaca da minha vida!

Você citou o Zeca Scheffer, "descobridor" da Laje do Jagua. A figura dele é presente entre os big riders deste pico?

Sim e muito. O Zeca foi nosso maior guerreiro, um fenômeno e o verdadeiro desbravador das ondas de Jaguaruna. Determinado, estava sempre presente em todos os grandes swells no pico. Tinha a onda da Laje do Jagua como sua principal pista de treino.

Foi o Zeca quem colocou Jaguaruna no mapa mundial das ondas grandes. E na laje, sua presença é sempre constante. Eu fui o último a rebocar o Zeca numa onda. Ele estava há três meses sem surfar. Me lembro que nesse dia o coloquei em várias ondas boas aqui mesmo na laje. Além disso, ele completou uma manobra que vivia tentando. Na época, apelidamos a manobra de "zecacoptero".

O que você acha da cena do tow-in no Brasil? O que pode melhorar?

Nós aqui da ATOW-INJ (Associação de Tow In de Jaguaruna) firmamos um pacto para divulgar as ondas grandes de Jaguaruna.  Queremos mostrar ao mundo que em nosso país existe sim ondas grandes.

Tudo está melhorando. Este ano foi criada a ABRASMO (Associação Brasileira de Surf Motorizado), que representa o tow-in no Brasil. O que pode melhorar mesmo é as marcas brasileiras acreditarem mais nos projetos e investirem nos atletas e eventos relacionados ao tow-in.

Como é seu trabalho com a ATOW-INJ?

Presido a ATOW-INJ há cinco anos e realizo os trabalhos junto com uma grande equipe de colaboradores. A função principal já foi feita, que era colocar Jaguaruna como cartão postal da maior onda do Brasil.

Surfista: Thiago Jacaré
Crédito: Jaime Redivo